Casa Ovo, do escritório belga DMVA (Foto: Divulgação)
Rio de Janeiro – Esqueça aquele desenho convencional da casa, com telhado, portas e janelas em simetria. No lugar disso, imagine morar numa propriedade móvel em formato de ovo e feita de poliéster. Ou, então, numa espécie de residência camuflada, toda coberta por folhas. Na Bélgica, o escritório de arquitetura DMVA e a agência de design AX Factor Agencies se especializaram em projetos como esses, ricos em detalhes e com roupagens bem diferentes.
Os arquitetos da DMVA,Tom Verschueren e David Driesen, embarcam na ideia do cliente e procuram, junto ao designer Rini Van Beck, aliar os métodos de construção convencionais ao design inusitado, a partir do uso de materiais que despertem os sentidos. Para o trio, a arquitetura não precisa necessariamente ser bonita: o importante é provocar sensações.
“O mundo é um parque diversões e nós trabalhamos com o que ele nos oferece. Qualquer coisa que nos leve a um conceito arquitetônico nos interessa. Cada projeto é cuidadosamente analisado, desde o orçamento até os regulamentos de construção urbana. Procuramos também explorar ao máximo o material usado que desempenha um papel muito importante. Preferimos trabalhar com elementos que despertem o olfato, o paladar e o tato e que transportem o cliente para o universo da música e da filosofia”, diz Rini Van Beck, designer da AX Factor Agencies.
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A Casa-Ovo, chamada de VB3 Blob, tem 22 metros quadrados e demorou 18 meses para ficar pronta. Concebida pela DMVA e pela Ax Factor, ela tem tudo que uma pessoa precisa para morar, como cozinha, banheiro e cama (que fica num dos nichos na parede da casa). Mas também pode ser usada como escritório ou como um cômodo extra de uma casa, para receber os hóspedes. É feita de poliéster, um material caro, mas que a tornou leve, possibilitando sua mobilidade. Além disso, a residência foi construída sobre rodinhas.
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Outro projeto que chama a atenção é a House W, criada a partir da ideia de um cineasta belga de esconder uma casa entre as folhagens das montanhas do país. Os arquitetos e designers passaram, então, a pesquisar como conceber uma casa “invisível” – na verdade, camuflada – numa área com forte inclinação, usando apenas métodos convencionais de construção.
“A casa W tem um desenho que se confunde com o contorno de uma colina. Tem frente e fundo com muito vidro, sendo as laterais fechadas. A casa é revestida com uma estrutura de metal e coberta com vegetação. Na paisagem, a casa desaparece, pois é confundida com a forma de uma encosta”, descreve Rini.
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